Uma idéia sugestiva, para quem não quer abrir mão do "status" que o carro oferece. Talvez, em breve, venha a ser a única maneira de se andar de carro em São Paulo. Este calçado é peça do Virtual Shoe Museum.
O Jornal Folha de São Paulo publicou, no dia 6 de dezembro, uma entrevista com Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá e urbanista. A entrevista é bastante oportuna, nela Peñalosa enfatiza a necessidade de restringir o uso do automóvel para melhorar o trânsito. Aborda a questão do transporte público e a democratização do espaço urbano, coletivo. A calçada é um tema de extrema relevância, "Calçadas são parte do sistema de transporte, porque a jornada começa quando saímos de casa.""O que diferencia uma cidade boa de uma cidade ruim é a qualidade das calçadas." A entrevista pode ser lida neste site: http://ecourbana.wordpress.com/2008/12/07/numa-cidade-avancada-ricos-usam-o-transporte-publico/
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Tá na Roda segue em frente, a passos largos! Em 2009 vamos pesquisar o Homem-Carro. Quem é esse sujeito? Enquanto preparamos a pesquisa, vou postando alguns vídeos que nos ajudam a refletir sobre o comportamento deste ser motorizado. Para começar, escolhi um vídeo que traz um trecho da tragicomédia Car Men de Boris Paval Conen e Jiri Kylian.
Boris Paval Conen assina a direção do filme, Jirí Kylián é uma das maiores referências da dança contemporânea internacional, e os quatro atores, Sabine Kupferberg, Karel Hruška,David Krügel e Giogonda Barbuto, são bailarinos.
O filme é Inspirado na Ópera Carmem de Bizet. Car Men é uma metáfora sobre o tempo, o movimento, a velocidade, a juventude e o envelhecer, que também nos mostra a relação bizarra, fetichista, criada em torno do carro, envolvendo sexualidade, jogos de poder e de sedução.
O filme é feito em pb, e a edição explora a técnica de avançar, acelerar e retroceder as imagens em certos trechos, seguidamente, o que nos dá a sensação de que os atores (bailarinos) estão tendo espasmos.
Gravado em uma mina de carvão abandonada, na Tchecoslováquia, o cenário é composto por sucatas de automóveis. A música de Bizet recebe arranjo eletrônico de Han Otten. O nome Car Men é um trocadilho com o nome da ópera. Uma grande sacada!
Está na roda o problema? Estará na roda a solução? Estamos todos nessa roda-viva, cada qual tentando suprir suas necessidades do dia-a-dia. Mas, e quando a roda pára, a cidade pára, a vida pára?
Tentar saber por que a roda pára já é um passo em direção à solução. Um passo? Andar, talvez essa seja uma das melhores alternativas, andar mais.
Porém, o pedestre hoje mal tem por onde andar, as nossas calçadas foram transformadas em saídas de garagens. Então a saída seria pedalar? Seria seguro andar pelas maltratadas ruas das cidades em uma bicicleta?
Ouvimos pedestres, motoristas, ciclistas, ambulantes, usuários de transportes coletivos, técnicos, artistas, educadores, gente à beira de um ataque de nervos, pessoas inconformadas, outras já acostumadas.
Ouvimos queixas e idéias. Quando o tema é trânsito, o paulistano faz questão de falar. O assunto tem sido manchete todos os dias.